Mauá se aproxima da cobertura vacinal total contra o sarampo

Por Portal Opinião Pública 24/07/2025 - 10:49 hs
Foto: Evandro Oliveira-PMM / Divulgação
Mauá se aproxima da cobertura vacinal total contra o sarampo
Atualmente, Mauá registra 99,85% de cobertura na primeira aplicação e 85,69% na segunda

A Prefeitura de Mauá informou, na tarde desta terça-feira (22), que a cidade está próxima de atingir 100% de cobertura vacinal do público-alvo com a primeira dose da vacina contra o sarampo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e as recomendações do Ministério da Saúde, o ideal é que todos os municípios atinjam pelo menos 95% de cobertura do imunizante para conter a disseminação da doença. Mauá não registra casos de sarampo desde 2020.

Conforme propõe o PNI (Plano Nacional de Imunização), o esquema vacinal contra o sarampo é composto por duas doses: a primeira, aplicada aos 12 meses de idade com a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a segunda, aos 15 meses, com a tetraviral (que também protege contra a varicela). Para quem não foi vacinado na infância, a recomendação é de duas doses até os 29 anos e uma dose entre 30 e 59 anos. A vacina é reconhecida pela OMS e tida como muito eficaz, por oferecer de 93% a 95% de proteção com apenas uma dose. Com duas doses, garante-se imunidade coletiva duradoura. Atualmente, Mauá registra 99,85% de cobertura na primeira aplicação e 85,69% na segunda.

O sarampo, uma das doenças mais contagiosas entre seres humanos, voltou a preocupar devido ao aumento de casos nas Américas em 2025 – foram mais de 7 mil registrados apenas no primeiro semestre. O último surto da doença no Grande ABC ocorreu entre 2019 e 2020. Em Mauá, foram registrados 306 casos em 2019 e 14 em 2020, ano do último diagnóstico da doença. Não houve óbitos no município nesse período.

Altamente transmissível, o sarampo pode provocar complicações sérias como pneumonia, meningite, cegueira e até levar à morte e até os anos 1980, era a terceira principal causa de mortalidade infantil no mundo. “O maior desafio no pós-pandemia é enfrentar a desinformação. Vamos manter as ações, com equipes em campo, mobilização de famílias e diálogo para combater a queda na adesão às vacinas e proteger a população”, afirmou a secretária de Saúde de Mauá, Eliene de Paula Pinto.

Os sintomas costumam surgir entre 10 e 14 dias após o contato com o vírus e incluem febre alta, tosse seca, coriza, conjuntivite, manchas brancas na boca (manchas de Koplik) e exantema (manchas vermelhas que começam no rosto e se espalham pelo corpo).

As complicações mais graves afetam especialmente crianças menores de 5 anos, gestantes e pessoas com baixa imunidade. Entre elas estão pneumonia (principal causa de morte por sarampo), otite, diarreia, desidratação, encefalite (que pode provocar sequelas neurológicas), cegueira e desnutrição.